DiversidadeONGsOpinião

É hora de transformar o futuro do esporte no Brasil

2 mins de leitura

Mudar o jogo para as mulheres no esporte não é apenas necessário, é possível.

Na edição de 2024, o Brasil conta com duas delegadas no Global Sports Mentoring Program (GSMP) 2024: eu, Daiany França Saldanha, e Jane Moura. Estamos na metade de uma jornada intensa e transformadora, que tem como objetivo mudar o jogo para as mulheres no esporte.  

Nas primeiras semanas, vivemos experiências únicas. Tudo começou em Washington, D.C., com uma imersão ao lado das outras 13 delegadas, sob a orientação do time da Universidade do Tennessee. Em seguida, partimos para Los Angeles, onde participamos do espnW Summit, um evento que reuniu lideranças e destacou o papel do esporte na promoção da igualdade de gênero.

Depois, seguimos para Cincinnati, onde contamos com a tutoria das nossas mentoras, Julie Eddleman e Diane Cummins, que são casadas e têm uma trajetória de décadas na P&G. Julie, que atualmente integra C-Level da DoubleVerify, tem mobilizado suas conexões para nos proporcionar reuniões estratégicas e eventos sociais de alto impacto. Além disso, visitamos Kansas City, St. Louis e Indianápolis, conhecendo organizações que trabalham com e pelo esporte nos Estados Unidos.

O Brasil tem uma oportunidade histórica à frente. A prática esportiva entre mulheres é menor que a dos homens, e a representatividade feminina em cargos de liderança esportiva ainda é tímida. Mas com a Copa do Mundo Feminina da FIFA 2027™, que será sediada no país, há um caminho otimista para alavancar não só o esporte de mulheres, mas também fortalecer políticas de inclusão e ampliar o acesso para meninas e mulheres em todo o território nacional.

No GSMP, estou desenvolvendo um Plano de Ação – projeto que cada delegada se compromete a implementar em seu país nos meses seguintes. Meu objetivo é contribuir para essa transformação, promovendo mulheres na liderança esportiva e descentralizando recursos para projetos esportivos em cidades do interior e das periferias do Brasil.

Mudar o jogo para as mulheres no esporte não é apenas necessário, é possível. Com esforços coordenados e um olhar atento para as oportunidades que se abrem, o Brasil pode liderar essa transformação.

Daiany França Saldanha é cearense, empreendedora social, doutoranda e mestra em Mudança Social e Participação Política pela USP, especialista em fortalecimento institucional de ONGs e fundadora do Líderes Esportivos, além de líder de projeto no Instituto MOL.