O Prêmio pretende criar uma vitrine das startups que estão resolvendo problemas sociais e ambientais no Brasil. Podem se inscrever empreendedores de impacto e agentes do ecossistema, tais como empresas, aceleradoras, incubadoras e organizações da sociedade civil.
Até 31 de agosto, a plataforma do Prêmio Impactos Positivos estará aberta às candidaturas de empresas, organizações e outros stakeholders do ecossistema de impacto no Brasil. O objetivo é dar visibilidade às startups que estejam utilizando o poder dos negócios para resolver problemas sociais e ambientais do país. “Além de ganhar o troféu que é concedido a todos os premiados, os vencedores na categoria negócios de impacto vão receber conhecimento, por meio de consultorias, mentorias e um master em governança, o que vai permitir a eles terem mais ferramentas para gerar mais impacto positivo”, informou Gisele Abrahão, idealizadora do Prêmio. As inscrições estão abertas na plataforma impactospositivos.com.
Durante o evento de lançamento do prêmio, o coordenador suplente da Estratégia Nacional de Investimentos e Negócios de Impacto (Enimpacto), Lucas Ramalho, destacou a importância da colaboração entre poder público, sociedade civil e iniciativa privada para a ampliação do número de negócios de impacto no país. “Vamos selecionar e reconhecer os melhores empreendimentos de impacto do Brasil e, com isso, inspirar que novos empreendedores atuem no país. O prêmio é muito importante porque é capaz de mobilizar mais atores e dar o devido reconhecimento aos empreendedores que estão dedicando a sua energia para a construção de uma sociedade melhor. E ainda é um grande incentivo para que esses empreendedores possam participar da Plataforma do Sistema Nacional de Investimentos e Negócios de Impacto, fazendo com que possamos desenvolver políticas públicas nesse setor baseadas em evidências”, disse.
Para Cristiano Prado, líder de Projetos Econômicos e Sociais do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o engajamento do setor privado é essencial para mover o país, a sociedade e o mundo. “Nós precisamos da ajuda dos negócios de impacto para cumprir as metas ambiciosas previstas na Agenda 2030”, afirmou no evento de lançamento.
Philippe Figueiredo, coordenador de Startups e Ecossistema de Inovação do Sebrae, destacou a importância de estratégias de reconhecimento dos negócios de impacto inovadores no Brasil. “É preciso dar visibilidade para fazer chegar esta informação a mais gente, porque não é simples enxergar as oportunidades de negócios de impacto. Acho que esse prêmio tem uma grande função estratégica de comunicação, de visibilidade e, principalmente, de inspiração, para estimular outros empreendedores”, destacou.
Também participaram do lançamento oficial do Prêmio Impactos Positivos Daniela Garcia, CEO da organização Capitalismo Consciente, Deise Nicoletto, CEO do Impact Hub, e importantes atores do ecossistema de impacto no setor público, tais como o deputado Rodrigo Delmasso – autor da Lei nº 6.832, de 26 de abril de 2021, que dispõe sobre a Estratégia Distrital de Investimentos e Negócios de Impacto –; Danillo Ferreira dos Santos, da Subsecretaria de Fomento ao Empreendedorismo da Secretaria do Desenvolvimento Econômico do DF; e Claudia Girotti, assessora de Gestão e Planejamento da Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade, do Ministério da Economia. O evento foi realizado no último dia 04 de maio, no Impact Hub Brasília.
A plataforma do Prêmio Impactos Positivos está recebendo inscrições nas categorias negócios de impacto (empresas) e ecossistema de impacto (organizações, setor público, comunidades e outros stakeholders) e as indicações dos homenageados (cidadão, instituição e comunicador de impacto). Os vencedores em cada categoria e todos os homenageados serão conhecidos na cerimônia de premiação, que acontecerá no dia 24 de novembro.
Sobre o Prêmio Impactos Positivos
Criado em 2020, o Prêmio Impactos Positivos, conhecido como o “Oscar do Bem”, reconhece empresas e organizações que desenvolvem projetos, iniciativas e negócios inovadores que impactam positivamente a sociedade, contribuindo para cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU. Tem como parceiro institucional a Enimpacto e apoiadores as organizações Assis e Mendes, Capitalismo Consciente, Gonew.co, Humanizadas e Instituto da Transformação Digital. São considerados negócios de impacto os empreendimentos que conciliam a promoção de impacto social ou ambiental positivo com o retorno financeiro, por meio da oferta de produtos e serviços, fomentando o desenvolvimento de uma economia mais sustentável, inclusiva e regenerativa.
Sobre a Enimpacto
A Estratégia Nacional de Investimentos e Negócios de Impacto (Enimpacto), é uma articulação de 26 instituições do setor público, privado e da sociedade civil que tem o objetivo de desenvolver o ecossistema de impacto no Brasil, multiplicando o número de negócios de impacto no país, fortalecendo instituições intermediárias como incubadoras e aceleradoras e promovendo um ambiente normativo favorável.
O que são Negócios de Impacto
Os negócios de impacto possuem particularidades importantes que os diferem de um “negócio comum”. Este tipo de negócio nasce do desejo de protagonizar soluções para os grandes desafios sociais e ambientais – e também do desejo de oferecer essas soluções de uma forma escalável financeiramente sustentável, por meio da oferta de produtos e serviços, sem depender de doações.
O negócio de impacto expressa de maneira clara a sua intencionalidade (missão/propósito) de resolver, ao menos em parte, um problema social e/ou ambiental. Uma prática comum é alicerçar sua tese de impacto em um dos 17 ODS definidos pela ONU (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para 2030).
A geração de impacto socioambiental e a sustentabilidade financeira devem estar presentes na atividade principal da organização. Ou seja, a atividade principal, que gera receita, deve ser a mesma que gera impacto. Não é uma ação pontual de responsabilidade social e/ou ambiental. Negócios de Impacto são empreendimentos que promovem resultados sociais e ambientais positivos e que conseguem mensurar este impacto. Cooperativas e ONGs também podem ser negócios de impacto, desde que tenham resultado financeiro positivo.
