Lançado em Fortaleza, o estudo aborda o potencial de parcerias entre o Investimento Social Privado e o setor público para superar desafios sociais complexos.
*Com informações do GIFE
**Foto de capa: Gustavo Bernardino, do GIFE, no evento de lançamento
A importância da parceria público-privada através do Investimento Social Privado e o setor público é tema do mais novo estudo apresentado pelo GIFE, o “Guia de Colaboração entre o Investimento Social Privado e a Gestão Pública”. O evento de lançamento ocorreu na última quinta-feira (3/4), na sede do Jornal O POVO, na cidade de Fortaleza (CE).
Abordando o potencial dessa parceria, o Guia foi desenvolvido a partir de uma extensa revisão da literatura acadêmica, combinada à integração de variáveis analíticas para estruturar um modelo sólido de organização do conhecimento. Além disso, foram realizadas entrevistas com gestores do setor público e privado diretamente envolvidos nas iniciativas. Oficinas e debates realizados entre 2022 e 2023, no âmbito da Rede Temática de Políticas Públicas do GIFE, também fomentaram o trabalho criativo.
“O foco na gestão pública se justifica porque nenhum ator – nem público, nem privado – consegue sozinho enfrentar os desafios sociais complexos que vivemos hoje, como desigualdade, educação, saúde e mudanças climáticas”, explica Hugo Pedro Guornik – cofundador da CrossPact Consulting -, que ao lado de Patrícia Mendonça professora da EACH-USP, conduziu as pesquisas que deram origem ao estudo.
“Para a gestão pública, o Guia contribui ao mostrar como se abrir de forma responsável, segura e estratégica a colaborações com o setor privado, preservando a autonomia estatal, respeitando marcos legais e ampliando capacidades organizacionais e políticas”, detalha Hugo. “Ele ajuda gestores públicos a identificar oportunidades, reconhecer riscos e estruturar parcerias que tragam inovação, recursos e soluções compartilhadas para desafios complexos, sempre orientadas pela geração de valor público”, complementa.
Colaborações que são apresentadas no Guia através de quatro etapas: antecedentes, desenvolvimento, consolidação e avaliação. Na segunda fase, por exemplo, as parcerias se expandem, demandando uma gestão eficiente das atividades e uma liderança capaz de mediar conflitos e implementar ajustes. O processo de diálogo visa construir consensos sobre desafios e soluções, além de engajar “sponsors” (responsáveis pelo fornecimento de recursos e apoio) e “champions” (líderes que facilitam o alinhamento de perspectivas e a integração entre diferentes culturas organizacionais).
“Ao tratar dessas relações de forma sistematizada e baseada em evidências, o Guia se torna um instrumento de fortalecimento institucional para os dois lados da parceria”, conclui Hugo Guornik.