Concurso tem como objetivo incentivar que mais trabalhos acadêmicos abordem a temática ESG focados no cenário brasileiro
Reconhecer as melhores pesquisas científicas que estejam contribuindo para aprimorar a prática de investimentos que agregam fatores ambientais, sociais e de governança. Esse é o propósito do Prêmio ESG Fama Investimentos, concurso que está com inscrições abertas até o dia 15 de março.
Para se inscrever no prêmio, que está na sua segunda edição, os interessados podem se inscrever no link. Poderão concorrer estudantes ou recém-formados de graduação, especialização, mestrado ou doutorado de qualquer área de formação acadêmica, que tenham no máximo 2 anos de formado com o prazo contado a partir da data de início do Prêmio.
Para a Fama Investimentos, o tema ESG (Environmental, Social and Governance) tem ganhado crescente atenção por parte do mercado de investimentos brasileiro. O que tem dado espaço a um cenário que impulsiona práticas responsáveis e traz inúmeros benefícios financeiros e não financeiros, para todo o ecossistema ESG.
Porém a quantidade de estudos científicos relacionados a Investimentos ESG no Brasil ainda é limitada. O que torna o tema ainda mais complexo. Atualmente, diversas interpretações e práticas sobre o assunto começam a surgir, o que exige um entendimento mais detalhado de cada uma delas, seus benefícios e possíveis riscos e oportunidades. Momento também de identificar práticas antiéticas, como o greenwashing (comunicação de iniciativas que se dizem sustentáveis, sem de fato sê-las), e combatê-las.
O Prêmio ESG Fama Investimentos busca, justamente, fomentar um conteúdo científico na área de Investimentos Sustentáveis e que dessa forma diminuir o vácuo de estudos e conhecimento na área, promovendo o interesse e a pesquisa de estudantes sobre o tema.
Primeira edição
Realizada no ano passado, a primeira edição do prêmio contemplou um estudo de doutorado de Elise Soerger Zaro (FEA-USP) que comprovou que a adoção de relatórios integrados (reunindo informações financeiras e socioambientais) de uma companhia reduz o custo de capital próprio das empresas.
A pesquisa premiada em segundo lugar foi a do pós-graduando Felipe de Sousa Nobre (Ibmec/Xpeed) que propôs novas configurações para o ICO2, o Índice de Carbono Eficiente da B3, que é bastante criticado por incluir nomes de grandes emissores de gases de efeito-estufa. A pesquisa fez uma nova distribuição de participação, apontando uma carteira com apenas 5% de emissões de gases de efeito estufa da atual e com retornos superiores ao ICO2 dos últimos anos.
Na primeira edição foram 55 inscritos, de 11 Estados brasileiros e 27 faculdades.