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Durante pandemia, solidariedade é maior nas favelas, aponta pesquisa

Por Impacta Nordeste
Com informações de Agência Brasil


A pandemia do coronavírus fortaleceu o sentimento de solidariedade entre os brasileiros. Entre os moradores de favelas e comunidades, a solidariedade é ainda maior. É o que aponta a pesquisa “Pandemia na Favela – A realidade de 14 milhões de favelados no combate ao novo coronavírus “.

A pesquisa inédita realizada pelo Data Favela em parceria com o Instituto Locomotiva, Central Única das Favelas (CUFA) e Favela Holding, apontou que 49% dos brasileiros fizeram algum tipo de doação, enquanto 63% dos moradores de favelas afirmam ter participado de ações de solidariedade durante a pandemia. Para Celso Athayde, diretor executivo da Favela Holding e fundador da Cufa, a solidariedade já é muito forte entre os moradores das comunidades.

Para ele, quem mora em favela depende muito dos seus vizinhos, como por exemplo, se oferecer para cuidar dos filhos de outras pessoas para que os pais possam sair para trabalhar. “Esse tipo de coisa não acontece geralmente em outros territórios. A favela acabou desenvolvendo uma solidariedade muito grande, que não se encontra em nenhum território.”.

De acordo com Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva, o estudo mostra que o vírus não é democrático. “Ele pode até atingir pobres e ricos, mas, na prática, os anticorpos sociais fazem com que o vírus afete mais os moradores das favelas que têm condição pior de resistir do que os moradores de asfalto.”.

A pesquisa ouviu 3.321 moradores de 239 favelas de todo o país entre os dias 19 e 22 de junho. Confira abaixo os principais resultados do estudo sobre os efeitos da pandemia nas favelas:

A pesquisa também divulgou informações sobre as mães apoiadas pelo projeto Mães da Cufa. 91% das doações para o projeto foram feitas através de dinheiro ou tíquete, que foram destinados a compra de alimentos (96%), produtos de higiene (75%) e artigos de limpeza (69%). Segundo informações, 80% das famílias afirmaram que sem o apoio do projeto, 80% não poderiam pagar as contas básicas, enquanto 72% não poderiam comprar os produtos necessários para higiene e limpeza.

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