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BNDES anuncia R$ 50 mi para restauração ecológica na caatinga e quase 1,5 mil cisternas no semiárido

Brasília (DF), 26/07/2023 - O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, participa do evento “Desenvolvimento Econômico – Perspectivas e Desafios da Região Nordeste”, promovido em parceria com o Consórcio Nordeste. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

São R$ 40 milhões, em parceria com a Fundação Banco do Brasil, para construção de 1.400 cisternas de produção em propriedades rurais do semiárido. Os outros R$ 10 milhões, em parceria inédita do programa Floresta Viva, virão de acordo firmado com o Banco do Nordeste do Brasil (BNB).

*Foto de capa: Marcelo Camargo (Agência Brasil)

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou um total de R$ 50 milhões, dos quais R$ 40 milhões, em parceria com a Fundação Banco do Brasil, para a construção de 1.400 cisternas de produção em propriedades rurais, e R$ 10 milhões, em acordo com o Banco do Nordeste do Brasil (BNB), para restauração ecológica de biomas como a caatinga. 

O anúncio ocorreu na última quarta-feira, dia 26, no evento Desenvolvimento Econômico – Perspectivas e Desafios da Região Nordeste. Participaram o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin; os ministros da Casa Civil, Rui Costa; da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes; e do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias; e governadores do Consórcio Nordeste.

Ao divulgar as ações previstas, a diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, destacou: “Estamos inaugurando esta nova fase em que as instituições financeiras somam esforços e se dispõem a trabalhar juntas. De um lado, estamos assinando um acordo de cooperação organizando a agenda de trabalho com o BNB. De outro, damos o primeiro passo para a restauração ecológica da caatinga, que é um dos biomas mais devastados e que possui um potencial enorme de sequestro de carbono.”

Sobre o apoio à implementação de cisternas, Campello acrescentou: “Esta é uma ação estratégica do BNDES com a Fundação Banco do Brasil. Cada família, que recebe uma cisterna de produção, ganha também acompanhamento técnico e um conjunto de insumos como sementes e mudas. É um pacote de ações articulado com o acesso à água e uma série de tecnologias.”

Parceria BNDES e Fundação Banco do Brasil – Com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, a parceria visa proporcionar o acesso à água para produção de alimentos de agricultores familiares. Os investimentos de R$ 40 milhões (sendo R$ 20 milhões da Fundação Banco do Brasil e R$ 20 milhões do BNDES) atenderão 1.400 famílias de 17 municípios do semiárido brasileiro. A iniciativa prevê também apoio do Programa Fomento às Atividades Rurais com assistência técnica e recursos para o desenvolvimento de propostas produtivas. Por meio das cisternas a serem implementadas, os participantes terão acesso à água para produção de alimentos para consumo e comercialização, favorecendo a geração de renda.

Acordo entre BNDES e BNB – Os bancos assinaram protocolo de intenção para aplicação de R$ 10 milhões em restauração ecológica. Esta é primeira parceria do programa Floresta Viva, liderado pelo BNDES, com foco na Região Nordeste. Do total, o BNB aplicará R$ 5 milhões e o BNDES completará a outra metade, utilizando recursos próprios e oriundos de aporte por outros apoiadores participantes da iniciativa.

O montante captado será aplicado em projetos de reflorestamento de espécies nativas em biomas existentes na área de atuação do BNB. Essa é a 17ª parceria do programa Floresta Viva, cujos recursos totais já chegaram a R$ 711 milhões (sendo R$ 461 milhões dos parceiros e R$ 250 milhões do BNDES).

Em outra frente, BNDES e BNB firmaram parceria institucional para o desenvolvimento econômico e social com redução de desigualdades de renda na Região Nordeste e em parte dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. O foco são projetos voltados à agricultura familiar no semiárido e de restauro do bioma caatinga, além do apoio ao fomento estruturado dos municípios da região.

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