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Discriminação zero: conheça ONGs e negócios de impacto que promovem o respeito à diversidade

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No dia 1º de março foi celebrado o Dia Mundial de Zero Discriminação. Criada em 2014 pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), a data é uma oportunidade para refletir a diversidade em todos os seus aspectos e rejeitar qualquer tipo de preconceito. 

Este ano, o UNAIDS ressalta a urgente necessidade de ação para acabar com as desigualdades em torno de renda, sexo, idade, estado de saúde, ocupação, deficiência, orientação sexual, uso de drogas, identidade de gênero, raça, classe, etnia e religião, que continuam a persistir em todo o mundo.

De acordo com o UNAIDS, a desigualdade está aumentando para mais de 70% das pessoas ao redor do mundo, o que agrava o risco de exclusão e prejudica o desenvolvimento econômico e social. A COVID-19 está atingindo com mais força nas pessoas mais vulneráveis—mesmo com a disponibilização de novas vacinas contra a doença, há grande desigualdade no acesso aos imunizantes.

Dentro desta temática, há organizações não governamentais (ONGs) e negócios de impacto que nasceram para enfrentar as desigualdades e combater a discriminação e o preconceito e, sobretudo, enaltecer a diversidade. Veja alguns desses exemplos

Associação dos Voluntários do Hospital São José (AVHSJ)

A ONG foi fundada em 1993 por um grupo de voluntários para auxiliar os portadores do vírus HIV a enfrentarem o preconceito e a melhorarem sua autoestima. Inicialmente ajudavam apenas pacientes do Hospital São José, em Fortaleza, mas atualmente atendem pacientes de outras instituições que necessitam de acompanhamento. A entidade também realiza ações de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) para a população em geral.

A AVHSJ também faz parte da coordenação do Fórum de ONG/AIDS do Ceará, atuando de forma crítica e participativa nas ações políticas em torno das questões que envolvem essa problemática social.

Gestos

Também com o objetivo de ajudar portadores do vírus HIV, a ONG pernambucana Gestos têm como missão fortalecer os direitos humanos, sociais, econômicos, culturais e ambientais para contribuir com a superação do HIV e da AIDS e com a construção de sociedades democráticas, equitativas e de paz.

A instituição possui atuação consultiva junto à ONU, com Status ECOSO desde 2017.

Odara – Instituto da Mulher Negra

O instituto baiano tem a missão de combater o racismo, o sexismo, a lesbitransfobia e formas correlatas de opressão, para a defesa da liberdade, autonomia e o bem viver das mulheres negras. Criada em 2010, a Odara é uma organização negra e feminista, centrada no legado africano, voltada para o fortalecimento e autonomia das mulheres negras.

Words Heal the World – Palavras Curam o Mundo

A ONG Words Heal the World, fundada em 2018 por uma jornalista brasileira que reside no Reino Unido, foi escolhida como a Melhor Organização de Esforços pela Paz pelo Fórum Mundial da Paz de Luxemburgo.

A instituição foi criada para capacitar os alunos a desafiar o discurso de ódio online e enfrentar diferentes tipos de extremismo. É a única organização no mundo que coloca os jovens como os principais atores no desenvolvimento de mensagens para desafiar o discurso de ódio online e combater diferentes tipos de extremismo.

Por meio de parcerias com universidades, são cultivados o pensamento crítico e a capacitação dos jovens para usar suas habilidades para promover a paz em diferentes plataformas de mídia digital.

Diaspora.Black

A Diaspora.Black é uma startup de impacto social focada na valorização da cultura negra e promoção da igualdade racial, que aproxima viajantes e anfitriões com um propósito comum: construir vínculos de pertencimento. Eles fazem a intermediação entre a oferta de acomodações compartilhadas em diversas cidades.

Em um modelo de negócios semelhante ao Airbnb, ao se cadastrar na Diaspora.Black, como viajante ou anfitrião, o interessado irá fazer parte de uma comunidade global que busca viver experiências centradas no fortalecimento da cultura negra.

A empresa criada pelos cariocas Carlos Humberto, André Ribeiro, e pelo soteropolitano Antonio Luz, teve origem em experiências negativas de Carlos ao anunciar uma vaga em sua residência no Airbnb. Em uma delas, um casal estrangeiro chegou ao seu apartamento, o conheceu, e não quiseram ficar. Eles foram embora enquanto Carlos comprava frutas típicas para eles no mercado. “O casal deixou um bilhete na porta dizendo que não era bem o que eles esperavam, mas não pediram reembolso, nem reclamaram. Na verdade, eles não esperavam ser recebidos por um anfitrião negro”, contou o empreendedor em entrevista para o Projeto Draft.

Egalitê

A Egalitê é uma empresa que realiza a inclusão das pessoas com deficiência, auxiliando-as a entrar no mercado de trabalho e ao mesmo tempo orienta as empresas a cumprir a lei de cotas com um recrutamento assertivo e na construção das melhores práticas de inclusão.

O interessado ao cadastrar o currículo na plataforma tem acesso às milhares de vagas disponíveis no Brasil. A Egalitê, situada em São Paulo, dispõe de um banco de dados de milhares de pessoas com deficiência no país inteiro e já ajudou a construir a inclusão das pessoas com deficiência em muitas empresas. 

Maturi

A Maturi é uma plataforma que reúne oportunidades de trabalho, desenvolvimento pessoal, capacitação profissional, empreendedorismo e networking, com o objetivo de conectar pessoas maduras e experientes em busca de atividade e ocupação entre si e com empresas.

Ela gera oportunidades para as pessoas mais maduras poderem continuar trabalhando, aprendendo, ensinando, se motivando e inspirando, promovendo a saúde e o bem-estar social.

A Maturi foi reconhecida pelo SEBRAE e pelo PNUD Brasil no Prêmio Incluir 2017 como negócio de impacto social alinhado aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU na categoria Soluções para Melhor Idade. Em 2018, receberam
Selo Municipal de Diversidade e Direitos Humanos de São Paulo, na categoria Pessoa Idosa.