O programa, que está em sua segunda edição, tem gerado trabalho e renda para famílias rurais da região.
A Votorantim Energia, por meio do Instituto Votorantim e em parceria com a Fundação Banco do Brasil e a ONG Chapada, irá beneficiar 345 pessoas de 82 famílias, dos municípios de Curral Novo do Piauí, Betânia do Piauí, Santa Filomena, Araripina e Simões, com assistência técnica especializada para o incentivo e o fortalecimento do sistema produtivo agroecológico. Além da geração de trabalho e renda, a iniciativa também busca motivar a melhoria da qualidade de vida das famílias e o uso coletivo de tecnologias ambientais de baixo custo. As ações fazem parte do Programa Bem Viver Semiárido, que está na sua segunda edição no território.
O objetivo do Programa é fornecer tecnologias sociais voltadas para o manejo sustentável da terra e da água para a produção de alimentos para a comunidade rural da região da Serra do Inácio. Das 82 famílias, 24 participaram da primeira edição e receberão assistência técnica para aprimorar os sistemas produtivos e a comercialização da produção agroecológica familiar.
Apesar da região contar com uma terra altamente produtiva, sofre com a escassez de fontes de água, por isso o programa priorizou a instalação de cisternas, que serão utilizadas não só para consumo humano, mas para os canteiros de produção. O projeto também possibilita a melhoria na qualidade de alimentação das famílias que agora podem consumir aquilo que plantam.
No município de Curral Novo do Piauí, Raimundo Costa, de 65 anos, foi um dos beneficiados pela primeira edição do Programa. Neste ano, ele irá participar novamente com o objetivo de agregar novos conhecimentos para aperfeiçoar o seu sistema produtivo. “Por meio do programa eu conquistei uma cisterna calçadão, banheiro e uma Bioágua, que é uma ferramenta de reaproveitamento de água, o que me ajudou bastante no plantio, pois eu não tinha condições de fazer e nem de captar água para o uso agrícola. Agora irei receber um novo acompanhamento para poder aperfeiçoar a criação de animais, como galinhas e porcos, o que irá ajudar ainda mais na renda da minha família”, relata o agricultor.
As novas famílias que entraram no programa já conseguem sentir o impacto positivo da iniciativa. Para Maria Irene, de 38 anos, moradora da Serra do Inácio, o Bem Viver no Semiárido tem auxiliado na renda da comunidade em que vive e em novas experiências. “Eu estou achando ótimo o programa, tem melhorado muito para nós e aumenta a nossa renda, com a possiblidade de comercializarmos o que produzimos. O espaço que eu tinha além de pequeno, não tinha água suficiente”, contou.
Segundo Raquel Leite, coordenadora de Planejamento e Responsabilidade Social na Votorantim Energia, o programa veio para somar e possui uma contribuição significativa para a região. “O programa busca fornecer ferramentas que possam auxiliar o empoderamento das famílias por meio da agroecologia. Acreditamos que todos já possuem conhecimento que pode ser ampliado por meio de novas tecnologias sociais de baixo custo. Nosso papel, nesta transformação local, é justamente sermos a ponte”, afirmou.