A 1ª edição do programa desenvolvido pelo Impacta Nordeste, In3 Capital, Instituto Sabin e Quintessa, chega ao fim e apresenta resultados. Agora a Solos, negócio socioambiental da Bahia selecionado para o programa de aceleração, se prepara para crescer.
A necessidade de impulsionar negócios de impacto socioambientais do Nordeste para que possam inovar, ganhar escala e ampliar seu impacto social deu origem ao programa Territórios de Futuro: Acelera Nordeste. A iniciativa surgiu da união do Impacta Nordeste, a In3 Capital (anteriormente In3citi), o Instituto Sabin e o Quintessa.
O programa selecionou a empresa Solos, startup baiana de gerenciamento de resíduos, finalista da 1ª Chamada Impacta Nordeste de Negócios Socioambientais realizada no decorrer de 2020, para passar por um extenso processo de aceleração com duração de seis meses conduzido pela aceleradora de empresas Quintessa.
Tendo como principal missão impulsionar o desenvolvimento de negócios de impacto e ampliar a experiência e o sucesso no mercado de atuação da Solos, a aceleração foi dividida em três etapas: um diagnóstico, um plano de aceleração e a aceleração, fases que identificaram os desafios prioritários do negócio da Solos e definiram um plano de melhorias.
“Todo o processo de aceleração teve como objetivo fazer a Solos crescer de forma consistente e se iniciou com um diagnóstico sobre a empresa e sua atuação. A Solos se posicionava como negócio de soluções criativas para logística reversa e tinha como portfólio ações de reciclagem, compostagem, treinamento e conscientização. A partir daí, definimos quais eram os atributos de valor da Solos no meio desse ecossistema e esse foi o grande objetivo da aceleração”, explica Ana Paula Trevisan, gestora de aceleração da Quintessa.
Construindo o caminho para crescer
Desde o início, o Quintessa mergulhou a fundo na Solos para entender os desafios da empresa e desenvolver um planejamento para acelerar o negócio. Após o diagnóstico inicial, foram definidas cinco oportunidades com base no histórico da empresa, e um processo para validá-las junto ao mercado. Em seguida, foram priorizadas como foco para a aceleração: as soluções de reputação sustentável da marca para indústrias via logística reversa e as soluções de logística reversa para agências de eventos.
Os passos seguintes da aceleração foram reforçar os atributos de valor da Solos e a validação do seu serviço e posicionamento no mercado dentro do ecossistema de eventos, como também o fortalecimento da marca. Nessa etapa foi realizada a escuta de mercado para entender a aderência à proposta de valor da Solos, a venda investigativa com o desenho da primeira versão da proposta comercial e do método de precificação, a definição da estratégia comercial e do modelo de negócio. Além de definir as metas de longo prazo com planejamento para os próximos cinco anos.
Para conquistar o crescimento contínuo foram sugeridos ajustes na gestão da empresa como: ampliação do time com contratações estratégicas para auxiliar na execução dos projetos; aperfeiçoamento da estratégia comercial com a coleta de dados das atividades, conversão e qualificação para facilitar a gestão do time comercial no futuro; também foi apontada a necessidade de ajustes no posicionamento do site, das mídias digitais e das propostas comerciais.
A aceleração do ponto de vista das empreendedoras
As fundadoras da Solos, Saville Alves e Gabriela Tiemy, agradeceram a oportunidade e consideraram o processo de aceleração um sucesso com grandes aprendizados.
“O primeiro desafio foi entender que a aceleração ia fazer parte da nossa rotina, que seria preciso se dedicar e estar aberto às mudanças. A aceleração nos trouxe perspectivas que nos incomodavam, mas que acabávamos não trabalhando, pois era muito mais confortável não refletir ou fazer exercícios de projeção. Nunca tínhamos feito um planejamento tão longo, sempre eram exercícios para aquele ano e agora a gente planejou cinco anos”, afirmou a empreendedora.
Elas também ressaltaram que a experiência contribuiu para ampliar sua rede de contatos e a enxergar novas possibilidades para os negócios de impacto na Bahia e no Nordeste. “O processo de aceleração foi espetacular. Também nos fez pensar em como podemos fomentar e fazer com que esse ecossistema (de impacto social) se fortaleça. Precisamos de negócios de impacto mais robustos e uma comunidade maior que se reconheça, que se ajude, que tenha esse espírito colaborativo de formar uma cadeia de fornecedores. É nosso papel ser fomentador disso. Será um grande desafio, mas também trará um sentimento de realização, de conquista e que esse é um caminho que a gente quer seguir”, concluiu Saville.
Gabriela Tiemy destacou o quanto a atuação da aceleradora deixou a empresa mais forte e sólida. “O Quintessa teve uma postura de estar ali para servir e, mais do que impor um ritmo ou buscar metas e chegar num resultado, se colocou como uma parte do time e buscou saber o que poderia fazer para que nós chegássemos onde queríamos chegar. Essa postura facilitou todo o processo”, relatou.
“O fortalecimento da aceleração nos proporcionou uma base muito boa e sólida. Outro ponto importante que a aceleração nos trouxe foi entender a necessidade de ampliar a nossa rede, de estarmos conectadas com vários ecossistemas. E por último, ter traçado e priorizado um planejamento a longo prazo fez com que a gente internalizasse como isso é importante e como nos fortalece, amadurece o negócio e o deixa mais sólido. Tudo mostrou o quanto o nosso trabalho tem potencial para ser muito mais amplo”, afirmou.
Um modelo de aceleração para o ecossistema regional
Para o Impacta Nordeste, articulador da iniciativa, o programa Territórios de Futuro: Acelera Nordeste pavimentou o caminho para um programa robusto de fomento a negócios de impacto socioambientais com potencial de crescimento para fortalecer o ecossistema regional. Para Marcello Santo, fundador da plataforma, o programa demonstrou ser um dos caminhos para ter cada vez mais empresas da região crescendo, ampliando seu impacto social e se destacando no cenário nacional e até internacional.
“A aceleração da Solos foi uma ótima experiência e proporcionou muitos aprendizados para todos os envolvidos. Temos muitas empresas com potencial no Nordeste. Nossa missão é criar cada vez mais oportunidades para que essas empresas possam ter o apoio necessário para crescer, seja ele técnico e/ou financeiro. É importante observar as demandas do ecossistema e desenvolver soluções para essa realidade. Entendemos que o programa Territórios de Futuro: Acelera Nordeste e o trabalho realizado pelo Quintessa vão nessa direção”, disse.
Haroldo Rodrigues Jr, sócio fundador da In3 Capital, destacou o trabalho de aceleração feito pelo Quintessa. “Com todo o seu know how atendeu com profundidade o problema do negócio e gerou um efeito positivo com a projeção de um cenário que molda os empreendedores a saírem de um ponto A para chegar num ponto B e isso passa por uma visão sistêmica e global do negócio” afirmou.
Por sua vez, Gabriel Cardoso, Gerente Executivo do Instituto Sabin, destacou que o programa cumpriu os objetivos propostos. “O Instituto Sabin tem como missão fomentar a inovação social. Entendemos que o programa é estratégico para fortalecer o ecossistema regional, ampliar o impacto social da empresa selecionada e dar visibilidade a iniciativas inovadoras da região. A aceleração que a Solos recebeu já está contribuindo com esses objetivos”, concluiu Gabriel.
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