Prodeter visa melhorar qualidade de vida e renda de membros de 10 cooperativas de reciclagem.
*Com informações de Folha PE
O Banco do Nordeste do Brasil (BNB) inaugurou na manhã da última sexta-feira (17), na Superintendência Estadual em Recife, o Programa de Desenvolvimento Territorial da Economia Circular (Prodeter). A iniciativa tem como objetivo implementar ações de saúde, capacitação e desenvolvimento para membros de cooperativas de reciclagem na Região Metropolitana do Recife, em parceria com diversas instituições.
O Prodeter da Economia Circular já opera em 11 estados brasileiros e, em Recife, conta com a colaboração de organizações como a Advocacia Geral da União (AGU), a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e a universidade Uninassau. Estas entidades se comprometeram a promover ações que melhorem a qualidade de vida e aumentem a renda dos membros de dez cooperativas atendidas pela Emlurb no Recife e uma em Abreu e Lima.
O Plano de Ação Territorial (PAT) divulgado pelo BNB inclui iniciativas como atendimentos odontológicos e oftalmológicos, capacitação para uso de máquinas, e orientações jurídico-administrativas, entre outros serviços.
Josué Lucena, gerente de Desenvolvimento Territorial do BNB em Pernambuco, destacou a importância da cooperação entre os parceiros para melhorar as condições de vida e renda dos catadores de recicláveis. “Entendemos a responsabilidade social que toda instituição tem sobre a questão do lixo, e o Banco do Nordeste, como banco de desenvolvimento, está comprometido em avançar na qualidade de vida dos cooperados”, afirmou Lucena.
Hugo Queiroz, superintendente estadual do BNB, explicou a motivação por trás do lançamento de uma linha específica para a economia circular. “Discutir a coleta seletiva de lixo é promover o desenvolvimento social através da melhoria das condições de trabalho dos catadores, fornecedores e da sociedade em geral. Buscamos promover um ambiente de economia circular mais sustentável economicamente”, afirmou Queiroz.
Uma das cooperativas beneficiadas é a Copagres, localizada no bairro de São José, no Recife, que conta com 21 catadores, em sua maioria mulheres. Laudiceia Silva, presidente da Copagres, ressaltou o impacto positivo do programa na autoestima dos catadores. “Temos lutado por reconhecimento há muitos anos, e agora estamos sendo vistos e recebendo oportunidades. Este lançamento é um grande passo, pois antes éramos invisíveis e dependíamos dos atravessadores. Agora, buscamos o reconhecimento da nossa categoria”, declarou Silva.