Opinião

Como transformar o Nordeste?

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As constantes pressões impostas pelos mercados têm pressionado as organizações a uma corrida em busca de “um lugar ao sol” ou mesmo de “um oceano azul”. Esse contexto remete as empresas para uma reflexão que está além de simplesmente tratar questões voltadas para a competitividade, planejamento, controle e de inovações a que estão submetidas.

A era da Transformação Digital chegou para redefinir a forma das empresas se relacionarem com seus clientes e entregarem seus produtos e serviços.

E os benefícios? É. São muitos! Gerar mais conforto e comodidade ao cliente, potencializar seus atendimentos através de canais exclusivamente digitais e é claro, ampliar suas vendas e seus negócios de uma forma sustentável.

Mas temos também a explosão dos modelos de negócios das startups. Elas são escaláveis em que é possível atingir um grande número de clientes e gerar lucro sem ter um custo elevado com crescimento ou expansão, porque se permitem ser repetíveis, oferecendo produtos iguais, não personalizados, prontos para entregas repetidas várias vezes. Mas claro, dentro de um ambiente de incerteza risco que quando mapeados e controlados, podem dar muito certo!

Mas e o que isso tudo tem a ver com impacto social?

Alguém aí já se perguntou onde estão os negócios que tragam soluções para a convivência com a seca? Ou mesmo negócios que proporcionem o uso eficiente da água?

2º Mapa de Negócios de Impacto Social + Ambiental (Clique aqui para visualizar).

A Pipe Social trouxe em seu 2º mapeamento de negócios de impacto no Brasil no ano de 2019, uma base de 1002 negócios, em que apenas 11% está na Região Nordeste. Percentual baixo, não é mesmo? Não deve ser por falta de oportunidades de empreender em negócios que possam solucionar ou amenizar as dores de diversos problemas sociais…

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua do IBGE (Clique aqui para visualizar).

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua do IBGE trouxe informações conjunturais sobre Tecnologia da Comunicação e da Informação – TIC, tendo como foco aspectos de acesso à internet e à televisão e posse de telefone móvel celular para uso pessoal, com detalhamento geográfico para Brasil.

Em 2017, já havia utilização de internet em 73% dos domicílios da área urbana do Nordeste e quase 36% dos domicílios da área rural acessaram a rede.

Assim, considerando o Brasil um País que possui uma extensa abrangência territorial, com características tecnológicas diversificadas entre as suas regiões e condições que o favorecem a ser um País de grandes potencialidades urbanas e rurais, surge uma questão…

Será que os negócios de impacto social não poderiam gerar mais impacto ainda se tivessem escala?

E se fossem startups?

Laurindaluiza de Macêdo é mestranda em administração com ênfase em inovação pela Universidade de Fortaleza (Unifor). Gerente Executiva do Hub de Inovação do Banco do Nordeste. Consolidou mais de 19 anos de experiência em Gestão e Governança na AFS Intercultura Brasil, Terceiro Setor, trabalhando com Desenvolvimento Organizacional e Gestão do Voluntariado. Conhecimento e experiência em administração de conflitos, choque cultural.