Por Impacta Nordeste
Jornada de mentoria, capacitação e desenvolvimento tem co-realização da IFC, metodologia da Yunus Corporate Social Innovation e FGVCenn e apoio Pipe Social
Até o dia 29 de novembro, empreendedoras de todo o Brasil podem se inscrever no programa Aceleração Itaú Mulher Empreendedora. Em sua terceira edição, a iniciativa selecionará seis mulheres empreendedoras – donas de empresas que já estejam em atividade e que tenham alto potencial de impacto positivo na sociedade – para participar de uma jornada focada em mentorias, capacitação, conexão, desenvolvimento e impulsionamento do potencial transformador dos seus negócios no mundo.
A edição 2019 do programa é realizada pelo Itaú, por meio do programa Itaú Mulher Empreendedora, em parceria com a International Finance Corporation (IFC), com aceleração da Yunus e do Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da Fundação Getúlio Vargas e apoio da Pipe.Social. A iniciativa faz parte da estratégia do Itaú Mulher Empreendedora, plataforma de conteúdo gratuito e aberto para capacitação, inspiração e conexão de empreendedoras e que busca encorajar e impulsionar mulheres rumo ao crescimento de suas empresas e potencializar seu impacto positivo na sociedade.
Aumentar a inclusão financeira para micro e pequenos empreendedores por meio de produtos e serviços e melhorar a gestão financeira de seus negócios é uma das metas do Itaú Unibanco com Inclusão e Empreendedorismo – um dos oito Compromissos de Impacto Positivo assumidos este ano pelo banco, envolvendo diversas áreas de negócios e que estão alinhados aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU.
No Brasil, as mulheres são maioria entre os empreendedores em estágio inicial (20,7% x 19,9% homens), mas minoria em negócios estabelecidos (9,9% x 18,6% homens), segundo a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM 2017). Em 2018, o volume de operações de crédito para empresas cujas mulheres possuem mais que 51% de participação societária no Itaú atingiu aproximadamente 3,1 bilhões de reais, mais que o dobro da carteira em 2016, que atingiu 1,4 bilhão de reais. Ainda assim, a representatividade das mulheres nas operações de crédito é baixa.
Ao mesmo tempo, segundo o estudo Closing the Gender Gap”, elaborado pela McKinsey & Company, em 2015, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil poderia ter um incremento de US$ 850 milhões até 2025 com a paridade de gênero.
“Para o Itaú, estimular a capacidade produtiva das mulheres é investir no desenvolvimento social e econômico do país, com a geração de emprego e renda, além de novas oportunidades de negócio, novas soluções para as demandas da sociedade que estimulam a inovação e a competitividade do mercado. Para isso, o programa de Aceleração Itaú Mulher Empreendedora trabalha no aprimoramento de técnicas de gestão e a questão da autoestima das empreendedoras, tornando o plano de negócios mais robusto e ambicioso.”, explica Luciana Nicola, superintendente de Relações Institucionais, Sustentabilidade e Negócios Inclusivos do Itaú Unibanco.
Mesmo nos negócios denominados de impacto – aqueles que possuem a missão explícita de criar soluções para problemas socioambientais – , a participação feminina nas empresas ainda não é igualitária, segundo estudo Mapa de Negócios de Impacto Social + Ambiental realizado pela Pipe Social. “Enquanto 55% dos negócios fundados apenas por homens ou com mais homens do que mulheres no quadro societário já captaram investimento, apenas 25% das empresas com apenas mulheres ou mais mulheres como fundadoras conseguiram captar. As mulheres se deparam com menos oportunidades de aceleração e formação ao empreendedorismo feminino. Metade da base mapeada (dado inclui o universo masculino) já tentou ingressar em um processo de aceleração e não obteve sucesso”, explica Mariana Fonseca, cofundadora da Pipe e coordenadora do estudo.
Para Túlio Notini, Diretor da Yunus Corporate Brasil, o programa de aceleração Itaú Mulher Empreendedora atende a uma demanda de um público cada vez mais consciente da caminhada e desafios da jornada empreendedora. “Incentivar e apoiar o empreendedorismo feminino já é falar em impacto social em um contexto no qual temos uma representatividade feminina que é aquém do que deveria ser. Para esse programa de aceleração, queremos ir além e apoiar as empreendedoras ampliando o potencial transformador de seus negócios através de um olhar estratégico de impacto social e ambiental”, explicou.
“A questão de gênero é central na estratégia da IFC para a promoção do desenvolvimento sustentável no mundo. Mulheres empreendedoras lideram quase metade das pequenas e médias empresas no Brasil, mas seu potencial econômico ainda é pouco explorado”, comenta Rogério Santos, executivo responsável por Instituições Financeiras no Brasil e no Cone Sul da IFC, membro do Grupo Banco Mundial. “O fortalecimento do empreendedorismo feminino é fundamental para a criação de empregos e para o crescimento econômico inclusivo do país”, acrescenta.
“O Programa Itaú Mulher Empreendedora alia dois temas prioritários para o FGVcenn: por um lado o protagonismo das mulheres no campo de empreendedorismo e de outro o impacto social e ambiental que esses empreendimentos podem causar. Com esses dois objetivos buscamos fortalecer o desenvolvimento econômico e social do país”, reforça Edgard Barki, coordenador da FGVcenn.
Durante a jornada, que acontece entre fevereiro e maio de 2020, as participantes serão encorajadas a desenvolver competências e habilidades em assuntos como gestão de negócios, introdução aos objetivos do desenvolvimento sustentável, liderança feminina, oportunidades de crescimento, finanças, acesso à capital e produtos financeiros, estratégia de marketing, gestão de pessoas, entre outros temas. Além disso, a capacitação e mentoria irá ajudar as empreendedoras a planejar, medir e escalar o impacto positivo que os seus negócios podem causar no mundo.
A chamada busca mulheres empreendedoras de todo o País, proprietárias ou sócias de negócio e que estejam dedicadas integralmente a sua iniciativa e envolvidas nas estratégias da organização. Além disso, o negócio deve ter potencial para atingir ou ter atingido a sustentabilidade financeira.
O processo seletivo levará em conta o alinhamento com o tema da chamada, clareza na definição do problema endereçado e da solução oferecida, potencial de transformação ambiental e social, maturidade do projeto, oportunidade comercial e potencial de mercado, abertura para rever estratégias do negócio para crescer e aumentar seu potencial transformador e; estar presente nas atividades. Além disso, composição da turma com diversidade racial, de orientação sexual, origem e região, além de diferentes segmentos de mercado.
Desde que foi criada, a Aceleração Itaú Mulher Empreendedora já ajudou 60 empreendedoras na evolução e consolidação de suas empresas. As inscrições devem ser feitas até o dia 29 de Novembro. Para realizar sua inscrição, clique aqui.