InovaçãoOpinião

Oportunidades para os ecossistemas de inovação do Brasil

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E quando a necessidade e a oportunidade parecem não conversar? 

Para cenários de extrema desigualdade como no Brasil, meu “triple bottom line” é composto por Educação, e Innovability (inovabilidade) e Negócios. 

Imagine uma cidade como Recife:

1. A 16ª capital mundial que mais sofrerá os efeitos das mudanças climáticas. 

2. A 6ª capital mais desigual do país 

3. Nascedouro do Porto Digital, Maior cluster de inovação reconhecido internacionalmente, que contribui com 1,8% do PIB do Estado de Pernambuco. Enquanto, a média de participação dos ecossistemas de inovação brasileiros no PIB de seus estados é de 5%. 

Em plena Economia de Plataforma, onde absolutamente TODAS as categorias da vida humana foram alteradas pela inovação, qual seria a razão de não alcançarmos a média nacional? Hoje, o mundo gira em torno da tecnologia. Exceto o nosso PIB. Exceto nossa sustentabilidade. 

Quais as oportunidades para os próximos 10 anos? 

Assim como o encontro do Capibaribe com o Beberibe para criar o Oceano Atlântico, minha aposta é a junção da inovação com a sustentabilidade para criar um oceano de oportunidades em busca da redução de desigualdades sociais, econômicas e ambientais em nosso país. 

Caso os ecossistemas de inovação aproveitem essa oportunidade, estimo que em 10 anos, podemos aumentar o PIB das regiões do Brasil através da educação, dos negócios e da inovabilidade (inovação + sustentabilidade). 

Recife – por questão de necessidade – e o Porto Digital – por questão de oportunidade – podem ser expoentes nessa transformação através da geração de soluções para resolver os problemas socioambientais do mundo. 

O meu desejo e compromisso com os 500 anos da minha cidade é que criemos negócios relevantes e oportunidades para desenvolvimento econômico através da inovação e sustentabilidade. Isso gera benefícios para sociedade, para o meio ambiente, para governos e para as empresas.

Juliana Serafim é especialista em projetos e negócios que causam Impacto social e ambiental de maneira estratégica. Sua atuação e formação executiva são focadas no desenvolvimento sustentável (PMD Pro). É Mestra em Linguística (UPFE). Atualmente, representa a Startupbootcamp (a 3ª maior aceleradora de startups do mundo) no Brasil, como Diretora de ESG e Operações. Além disso, Juliana já atuou como Coordenadora de Projetos ESG no CESAR e foi consultora de impacto em organizações como a ONG “The Nature Conservancy”, a startup de impacto “Mete a Colher” e do Núcleo de Gestão do Porto Digital do Recife.