Entrevistamos a Anna Luisa, CEO da SDW for all sobre a experiência dela em passar pelo tanque dos tubarões.
O programa mais famoso de investimentos da TV, o Shark Tank, chegou a sua 8º Temporada não só com investidora baiana (Monique Evelle), mas também com negócios de impacto da Bahia recebendo investimentos. Nessa semana, foi exibido no YouTube o 7º episódio do Shark Tank, onde a Anna Luísa encontrou com os tubarões, apresentou a SDW for all, um negócio de impacto da área de sustentabilidade, água potável e saneamento, e saiu de lá com investimento fechado!
Conversamos com a Anna e ela compartilhou um pouco mais sobre a experiência de ter participado do programa:
Nesses 8 anos de existência da SDW for all, vocês já tinham recebido ou buscado investimento antes?
Tínhamos começado a nos estruturar para buscar investimento já há alguns anos, mas só a partir desse ano que a gente começou a levar sério isso, foi quando começamos a traçar metas e notar que, de fato, fazia sentido para a gente buscar investimento naquele momento. Até então, operamos em Bootstrapping, ou seja, usando recursos de prêmios, depois recurso dos próprios clientes para manter e crescer a empresa. Com o tempo, identificamos que chegamos no patamar em que o modelo de negócio já estava redondo o suficiente para captarmos recursos e usar dessa força para escalar, então fomos buscar investimento. Na época da gravação, já estávamos fechando uma rodada de investimento com a FDC Angels, e no Shark Tank fechamos uma rodada complementar ao que já tínhamos captado.
No programa vemos apenas alguns minutos da sua participação e troca com os Sharks, mas como é na realidade? Compartilha conosco um pouco da experiência de entrar no tanque dos tubarões.
Então, não posso compartilhar muito sobre a realidade, pois faz parte da magia de estar no Shark Tank, mas posso dizer que, de fato, as conversas com os Sharks ali no ao vivo são mais longas, pois grandes decisões estão envolvidas no processo. O que se vê no episódio é um pequeno trecho das principais partes do que aconteceu. O interessante é que a trilha sonora que ouvimos ao encontrar os sharks é real, como aparece no episódio, o que traz uma adrenalina muito grande. Inclusive, eu estava extremamente nervosa no dia da gravação.
Sabemos que nem todo negócio recebe proposta dos sharks, mas vocês receberam uma grande proposta. Como se sentiu ao receber a proposta? Em que estava pensando e ponderando na tomada de decisão?
Recebemos a proposta da Monique Evelle e até negociamos com ela! Para a decisão, pude contar com uma das conselheiras da SDW, que é a Manuella Curti – CEO do Grupo Purificadores Europa. Ainda nos preparativos para o programa, já conversávamos sobre o interesse em receber investimento da Monique Evelle, pois o perfil dela quanto empreendedora e investidora tem muita conexão com os planos de crescimento da SDW.
Conta um pouco do que acontece depois que diz sim para uma proposta de investimento e o que podemos esperar dessa nova fase da SDW pós-investimento.
Já estamos finalizando o contrato com a Monique. Na prática, depois do programa ainda tem-se algumas trocas para que a pessoa investidora de fato conheça a startup de maneira mais profunda e possa tomar uma decisão final sobre o investimento. A nossa experiência com a Monique tem sido ótima e bem ágil, reforçando mais uma vez que escolhemos a investidora certa.
Que dica você daria para outros negócios de impacto que estão no processo de busca por investimento?
A dica que eu dou para os negócios de impacto que buscam investimento, é que o investimento sempre tem que ter algo além do valor financeiro. Os dois grupos de investidores, tanto a FDC Angels quanto a Monique Evelle do Shark Tank, têm um valor muito maior para agregar à SDW em termos de smart money do que financeiro. Para nós, foi o que mais fez a diferença, porque dinheiro em si está disponível por linhas de empréstimo e algumas premiações também conseguem dar um pouquinho de gás para a gente, só que toda a expertise que o investidor agrega não vem junto com essas alternativas, então ter uma pessoa investidora por perto agrega de forma estratégica. É necessário também entender o momento certo da empresa para a captação, pois não adianta pegar o investimento muito cedo e ele não ajudar a potencializar o negócio ou também ficar esperando muito e perder o momento de escala do negócio e do mercado. Tudo questão de timing, ou seja, buscar no tempo correto.
Assim como a SDW, outros negócios de impacto do Nordeste já passaram pelo Shark Tank. Recentemente a Bensá, negócio do Rio Grande do Norte que acelera mulheres empreendedoras, também participou da 8º Temporada do Shark Tank e também recebeu investimento da Monique Evelle. A Wakanda Educação, negócio da Bahia que potencializa pequenos empreendedores, recebeu investimento da Camila Farani na 5º Temporada do Shark Tank.
Se você ainda não assistiu, confira ele no link: https://www.youtube.com/live/hwuDEi3BWCs?si=luMhZ0nFF4UdHn6q&t=1406. Conheça mais sobre a SDW for all: https://sdwforall.com/