Impacta Nordeste

Sustentáveis? Sejamos por inteiro, não metade!

Ser sustentável é o imperativo do momento, contudo, viver a plenitude da sustentabilidade ou até mesmo aproximar-se das suas múltiplas dimensões ainda é uma jornada a ser percorrida pelos Líderes, Gestores e Organizações contemporâneas, sejam elas públicas, privadas ou de interesse público.

Promove-se cada vez mais a sustentabilidade por questões relacionadas a competividade, a melhoria da reputação perante os stakeholders, ao lucro, como resposta às obrigações legais, e cada vez menos pela sua gênese, pela sua essência, ou seja, pelo compromisso, justiça e solidariedade intergeracional que lhe é inerente.

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, Pacto Global, Environmental, social and Corporate Governance-ESGResponsabilidade Social Corporativa, Capitalismo Consciente, Impacto Social Positivo, Consumo Responsável, Desenvolvimento Socioterritorial, dentre outras, representam agendas potentes  e complementares que progressivamente vêm ganhando espaço no cotidiano dos negócios, organizações da sociedade civil e governos, lastreando também novas arquiteturas organizacionais e redes setoriais que imprimem novas noções e sentidos para sustentabilidade.

A materialidade das agendas supracitadas nas organizações demanda, porém, conhecimentos teóricos e práticos desse campo afim de assegurar a sua abordagem qualificada em diferentes âmbitos de gestão, além de conectar as suas iniciativas a causas globais, e consequentemente engajem público interno, as suas cadeias de valor e a sociedade de modo geral.

Não existe receita, nem uma regra de ouro, o que importa mesmo é ter disposição para fazer diferente, fazer diferença e ter atitude proativa para construir estratégias bem estruturadas, articuladas e acima de tudo coerentes (como o propósito, com as suas crenças, com as suas ações). Afinal, você não vai querer que a organização ou iniciativa liderada por você seja apontada como uma oportunista, uma Greenwashing?.

Por esse motivo, estão mapeados alguns desafios para conduzir à reflexão dos presentes e futuros Gestores e Líderes responsáveis por conduzir ações orientadas para a sustentabilidade,  para que fiquem atentos e posicionem-se com ações estruturantes e efetivas, pois quando ignorados, eles podem suscitar rasuras na imagem e na reputação. Confira na Figura 1 e no descritivo a seguir:

Figura 1 | Desafios da Sustentabilidade nas Organizações

Fonte | Cruz (2020)

Importante salientar que a estrutura de governança de grande parte das organizações ainda requer integração e envolvimento da alta administração sobre os desafios da área de sustentabilidade, que incluem a ampliação da interação com o conselho e os principais executivos.

Em tempos de ampliada interconexão, hiper exposição (devido as tecnologias digitais) e de variadas exigências por transparência, não ser íntegro, inteiro, nas questões envolvendo a Sustentabilidade, pode acarretar resultados indesejados, e o primeiro deles relaciona-se a perda confiança por parte daqueles que acompanham, que conhecem seu trabalho e que podem ser ou “vir a ser” uma das fontes vitais da sua existência, motivo pelo qual merecem atenção, cuidado e respeito. Por isso, importa reforçar que alinhar discursos e integrar práticas orientadas para a Sustentabilidade exige um grande exercício de coerência a ser feito continuamente por profissionais em geral, Lideranças e Organizações.

PARA APROFUNDAR SOBRE O TEMA, ALGUMAS RECOMENDAÇÕES DE LEITURA:

Fabricio Cruz é baiano com muito orgulho! Profissional do Desenvolvimento. Sócio-diretor da Atairu – Gestão e Inovação Social. Mestre em Desenvolvimento e Gestão Social (EAUFBA/PDGS). Especialista em Gestão de Projetos (ESALQ/USP) e em Inovação, Sustentabilidade e Gestão de Organizações da Sociedade Civil e do Terceiro Setor (UNIJORGE).

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